Chama atenção o aumento significativo dos diagnósticos de MIOPIA nos consultórios oftalmológicos. Os dados são alarmantes e apontam para uma epidemia da doença. A estimativa é que até 2020 cerca 2,6 bilhões de pessoas, ou 1/3 da população mundial, terá dificuldade para enxergar de longe. Caso não haja medidas preventivas e as previsões se confirmem, até 2050 serão 5 bilhões de míopes ao redor do planeta.
A doença é definida como um distúrbio de refração em que os raios luminosos formam o foco antes da retina. “Por conta dessa característica, uma pessoa míope consegue ver objetos próximos com nitidez, mas os distantes parecem borrados.
Apesar de se tratar de uma doença relativamente simples, quando leve ou moderada, a miopia pode ter desdobramentos severos em alguns casos, como: risco de descolamento da retina, catarata precoce, degeneração macular e glaucoma
Não por acaso a prevalência da MIOPIA no Brasil e no mundo tem sido fonte de grande preocupação para os profissionais da saúde, pelos impactos trazidos aos portadores e à economia como um todo. Causada por hereditariedade ou aspectos ambientais como medicamentos e alimentação, a MIOPIA tem uma relação provável com o excessivo esforço visual para enxergar de perto. Há evidências de que o uso exagerado das novas ferramentas tecnológicas pode induzir e acelerar a evolução da MIOPIA. Outro fator relacionado à vida contemporânea, a redução do tempo de atividades ao ar livre e consequente menor exposição da visão a uma luminosidade natural, também pode ter relação no expressivo crescimento do número de casos da doença.
Prevenção
- Estimular atividades ao ar livre entre crianças e jovens;
- Controlar o uso exagerado de celulares e demais dispositivos tecnológicos;
- Uma atenção ao uso de óculos com a devida proteção aos raios ultravioletas também é essencial no caso de exposição ao sol;
- Os pais devem assegurar que os filhos sejam examinados antes dos 3 anos e façam o devido acompanhamento da progressão da doença.
Controle e Tratamentos
- O uso de colírios de atropina, em dosagens mínimas e rigoroso controle do médico oftalmologista, tem sido descrito como uma das terapias mais efetivas no controle e desenvolvimento da doença. Esse medicamento, por razões ainda não definidas, determina um relaxamento da musculatura do olho e exerce um controle no crescimento do globo ocular. Infelizmente o medicamento apresenta efeitos colaterais em alguns pacientes e não é recomendado para todos.
- Óculos com lentes bifocais também podem ser adotados para controlar a MIOPIA, com devido acompanhamento sobre a evolução da doença, para evitar problemas na vida adulta. Infelizmente, a indicação é limitada e específica para alguns casos. Assim, não são todas as crianças que podem se valer dessa opção para controlar a doença.
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